Troca de experiências enriquece ainda mais o aprendizado no Mestrado Profissional
O que leva um profissional já estabelecido no mercado de trabalho retornar à sala de aula para fazer um mestrado profissional? Para o engenheiro agrônomo Ricardo Wolfgramm, por exemplo, a motivação vai muito além da obtenção de um título de mestre. Ele busca aprendizado: “Além do conhecimento adquirido com o curso, o que acho de grande valia é o conhecimento compartilhado entre diferentes profissionais que estão numa mesma sala de aula. A troca de experiências de vida e experiências profissionais é fantástica. Em uma mesma sala temos um agrônomo que trabalha em áreas com alta tecnologia no cultivo de soja e também temos uma profissional que atende tribos indígenas no Amazonas. Em uma semana de encontro temos uma troca de informações enorme, fazemos amizades com profissionais de diversas áreas de atuação e de diferentes regiões do Brasil”.
Ricardo se formou em Agronomia na UFV, em 2009. Logo em seguida, ingressou em um mestrado acadêmico na mesma instituição, mas não chegou a concluir, pois entrou no mercado de trabalho. Após experiências como extensionista rural e representante técnico de vendas, fundou em sociedade com dois amigos, a empresa Equilíbrio Rural, uma loja de produtos agropecuários, localizada em São Gabriel da Palha (ES). Agora, empresário e estudante do Mestrado Profissional, Ricardo acredita “que o curso possa abrir muitas portas ao mercado de trabalho, seja uma promoção dentro da empresa onde já se trabalha ou mesmo uma nova colocação em uma nova empresa. Isso me anima muito, pois já observo um interesse de grandes empresas por esse tipo de profissional, experiente e qualificado”.
Estudos
O engenheiro agrônomo ingressou no Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV no segundo semestre de 2017. Ele já cursou as disciplinas Tópicos Especiais em Defesa Vegetal e Barreiras Técnicas ao Comércio Internacional, obtendo excelente aproveitamento em ambas. “Quanto ao aprendizado nessas disciplinas, posso afirmar que superou as minhas expectativas por se tratar de um curso semipresencial. Todos os alunos foram cobrados a entregar as tarefas nos prazos previamente estipulados e isso demonstrou a todos um grande senso de responsabilidade e de planejamento por parte da direção e dos professores do curso. É preciso estudar sim, e isso muito me agrada, pois não estou atrás apenas de um ‘título de mestre’ e sim de aprendizado e produções bibliográficas de qualidade”.
Sob a orientação do professor Angelo Pallini, Ricardo pretende desenvolver a sua dissertação tendo como tema o controle da broca da haste (Xylosandrus compactus): “Espero contribuir com um melhor entendimento sobre a bioecologia dessa praga no Brasil, principalmente em cultivos comerciais de café, e determinar qual a melhor alternativa para o seu controle. Essa praga, em algumas ocasiões, pode causar danos significativos na cultura do café, sendo o seu controle difícil. Com esse trabalho procuro aguçar a curiosidade de pesquisadores, agrônomos e de empresas de agroquímicos sobre broca da haste, que pode ter efeitos danosos para a cafeicultura”.