Confira a programação do II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal

De 18 a 20 de setembro, será realizado por videoconferência o II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal, com o tema “Dispersão de Pragas”. A programação do evento foi divulgada nesta sexta-feira, dia 28 de agosto, e conta com palestras, debates, mesas-redondas, apresentações de trabalhos e cursos.

De acordo com o Comissão Organizadora, “este evento trará para a comunidade acadêmica a oportunidade de compartilhar os trabalhos executados em suas instituições com colegas de outros países, além de poderem utilizar as palestras e cursos oferecidos em nossa programação como aporte de conhecimento teórico-prático. Os inscritos poderão ainda debater com nossos convidados sobre como as iniciativas públicas e privadas convergem para agirem no acompanhamento da dispersão de pragas ao redor do mundo”. Não perca tempo e inscreva-se agora mesmo. Para saber mais, acesse www.mpdefesa.ufv.br/workshop

 

Inscrições abertas para o II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal, tema: “Dispersão de Pragas”. O evento…

Publicado por Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal em Quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Vem aí o II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal

Com o tema “Dispersão de Pragas”, será realizado por videoconferência, no período de 18 a 20 de setembro, o II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal. Organizado pelo Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV e instituições parceiras, o evento terá palestras e debates sobre dispersão de insetos, fitopatógenos e plantas daninhas. A programação ainda está sendo elaborada, mas palestrantes e debatedores nacionais e internacionais, de países como AngolaEstados Unidos, Austrália e Moçambique, já confirmaram participação.

Profissionais, estudantes das Ciências Agrárias e áreas afins e demais interessados já podem se inscrever gratuitamente no II Workshop Internacional de Defesa Sanitária Vegetal. Os participantes também poderão submeter seus trabalhos, em forma de resumo ou apresentação oral. Ao final do evento será produzido um livro de resumos com ISBN.

Você não pode perder essa oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre “Dispersão de Pragas”, tema de grande relevância dentro da defesa sanitária vegetal. Participe!

Orientadores do Mestrado Profissional participam do I Ciclo de Debates Entomológicos

Os orientadores do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV Eliseu José Guedes Pereira, Madelaine Venzon e Orlando Monteiro da Silva participam como debatedores I Ciclo de Debates Entomológicos sobre “Inovações no Manejo de Pragas”. Na próxima quinta-feira, dia 25, às 19h, o professor Eliseu discute o tema “Manejo de Resistência de Pragas”, juntamente com o professor Raul Narciso Carvalho Guedes, da UFV, completando o terceiro dia do evento online e gratuito, promovido pelo Departamento de Entomologia.

O segundo dia de debate contou com a colaboração da pesquisadora Madelaine Venzon, da Epamig. No dia 18 de junho, ela e o consultor técnico Joriel Araújo discutiram o tema “Controle Biológico em Cultivos Orgânicos”. A pesquisadora falou sobre controle biológico conservativo, estratégia com a qual ela trabalha. “Nessa modalidade de controle biológico são utilizadas estratégias de modificação do habitat para aumentar os inimigos naturais já existentes, dando melhores condições, como alimento alternativo e locais de abrigo” – explica.

O evento transmitido ao vivo pelo canal do Grupo Insectum no YouTube já alcançou mais de 1700 visualizações . Durante a transmissão, os participantes tiveram a oportunidade de interagir com os debatedores. Madeleine avalia que “foi um momento bastante dinâmico, houve muita participação do público. As perguntas foram selecionadas pelos moderadores de modo que o assunto fluiu e foi se complementando. Os moderadores estão de parabéns pelo cuidado e dinamismo”. Assista ao vídeo do Debate sobre Controle Biológico em Cultivos Orgânicos

No dia 02 de julho, quarto dia do evento, será a vez do professor Orlando Monteiro da Silva dar a sua contribuição. Ele participará do debate sobre “Defesa Sanitária Vegetal” com o professor Ricardo Siqueira da Silva, da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri). Participe! As transmissões são sempre realizadas pelo canal do Grupo Insectum no YouTube.

Veja a programação completa do I Ciclo de Debates Entomológicos:

Departamento de Entomologia promove ciclo de debates sobre Inovações no Manejo de Pragas

No dia 12 junho, terá início o I Ciclo de Debates Entomológicos sobre “Inovações no Manejo de Pragas”, promovido pelo Departamento de Entomologia da UFV. O evento online será transmitido pelo Youtube e ocorrerá uma vez por semana, até o dia 16 de julho, com a participação de debatedores de referência nacional e internacional nos temas abordados.

As inscrições para o evento encontram-se abertas até sexta-feira, dia 12. Para se inscrever gratuitamente, acesse https://forms.gle/kxubGTcPQA2GWEmN6

O evento conta com a organização do Insectum – Grupo de Estudos em Entomologia da UFV e do Laboratório de Manejo Integrado de Pragas da UFV. Confira a programação:

Professor do Mestrado Profissional ministra palestra no Senado Federal

Atendendo ao convite da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal, o professor Orlando Monteiro da Silva ministrou uma palestra durante a audiência pública sobre Comércio Internacional Agropecuário, realizada em Brasília (DF), no dia 25 de setembro. O professor do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV discorreu sobre “A contribuição da academia e dos institutos de pesquisa ao dilema da exportação: os estudos e a atuação da academia sobre a pesquisa agropecuária e seus impactos nas exportações e nas cadeias do agronegócio”.

Durante a sua palestra, o professor Orlando ressaltou o importante papel exercido pela Universidade Federal de Viçosa no desenvolvimento da agricultura brasileira, com destaque para a formação de recursos humanos e o seu pioneirismo na criação dos dois primeiros cursos de pós-graduação do Brasil, na década de 1960. “A UFV possui, atualmente, 67 cursos de graduação (que já formaram mais de 70 mil profissionais) e 80 cursos de pós-graduação (produzindo mais 12 mil dissertações de mestrado e mais de 4 mil teses de doutorado); e possui ainda o maior número de programas de pós-graduação do setor agropecuário com nota máxima na Capes”.

No que se refere ao ensino de pós-graduação, o professor destacou também o pioneirismo e a qualidade do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV, cujas dissertações têm contribuído significativamente na área de defesa sanitária vegetal. Além disso, ele ressaltou a transferência de tecnologia, extensão rural e os avanços promovidos pela instituição no desenvolvimento da agropecuária brasileira em cultivos agrícolas e produção animal.

Na ocasião, também foi relatada a contribuição à sociedade brasileira de vários órgãos da UFV, como: o Instituto de Biotecnologia (Bioagro), Instituto de Políticas Públicas e Desenvolvimento Social, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Animal, Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Planta-Praga, Centro Nacional de Treinamento em Armazenagem, Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional (CENTEV), Incubadora de Empresas, Parque Tecnológico e a Central de Empresas Juniores.

Tais pontuações foram feitas na 2ª Mesa Tema da audiência pública sobre Comércio Internacional Agropecuário, para a qual foram convidadas as seguintes instituições: Centro de Estudos do Agronegócio/FGV, Escola Superior de Agricultura/USP, UFV e IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O professor Orlando foi o representante da UFV. Vale destacar que ele é professor titular da instituição, com mestrado pela UFV e doutorado pela North Carolina State University. O professor Orlando atua na pesquisa, ensino e extensão, na área de barreiras não-alfandegárias e comércio internacional, demanda e interdependência de mercados, métodos quantitativos em economia e comércio internacional de commodities agrícolas.

Mestrado Profissional participa de dia de campo sobre manejo de pragas e doenças em cultivos de tomate

O manejo integrado de pragas e as doenças em cultivos de tomate foram tema do Dia de Campo realizado no dia 30 de agosto, no município de Cajuri, localizado na Zona da Mata mineira. O evento reuniu 130 participantes, entre produtores rurais e técnicos, dos municípios de Cajuri, Coimbra, Viçosa, Teixeiras, Ervália e Rio Piracicaba. Os participantes receberam treinamentos em identificação, amostragem e controle de pragas e doenças, ministrados por pesquisadores da UFV, dentre eles, dois orientadores do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal: o professor Marcelo Coutinho Picanço e o professor Laércio Zambolim, que atuaram respectivamente na estação de manejo de pragas e na estação de doenças do tomateiro.

Realizado pela Prefeitura Municipal de CajuriEmater-MG e UFV, o evento contou também com a participação de outros pesquisadores. O professor Lino Roberto Ferreira atuou na estação de tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas e o professor Carlos Nick Gomes, na estação de manejo da cultura do tomateiro.

O Dia de Campo em Cajuri foi uma iniciativa da Emater-MG, através do técnico Rogério Jacinto Gomes, e teve apoio da Vimag, Casa da Lavoura, Casa do Adubo, Qualitec, Acero, Banco do Brasil e Sicoob CrediSudeste.

 

Mestrado Profissional desperta interesse de participantes do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia

Uma equipe do Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal da UFV esteve em Gramado (RS), no período de 2 a 6 de setembro, divulgando o curso para mais de 2 mil participantes do XXVII Congresso Brasileiro de Entomologia (CBE 2018). Profissionais, produtores rurais, cientistas e estudantes presentes no evento puderam conhecer um pouco mais sobre a organização curricular do Mestrado Profissional, a dinâmica do curso, que permite ao estudante conciliar as suas atividades profissionais com as atividades do Mestrado, as áreas de formação dos ingressantes e a possibilidade de oferta do doutorado profissional.

Veja algumas das principais questões respondidas ao publico que esteve presente no stand do curso:

  • As disciplinas oferecidas atendem quais áreas?

São oferecidas nove disciplinas que atendem as áreas de entomologia, acarologia, plantas daninhas, fitopatologia, defesa sanitária vegetal e barreiras técnicas ao comércio internacional. Além disso, algumas disciplinas também possibilitam o treinamento do estudante nas áreas de estatística e de redação científica.

  • Precisa ser formado em Agronomia para ingressar no curso?

Para ingressar no Mestrado Profissional, o estudante precisa atuar na área de defesa sanitária vegetal e ter-se graduado dentro da Área de Ciências Agrárias. O candidato pode ser agrônomo, zootecnista, engenheiro florestal, entre outros, desde que atue nas áreas de entomologia, fitopatologia, plantas daninhas, defesa ou barreiras técnicas ao mercado internacional.

  • Como é a dinâmica do curso?

São realizados três encontros presenciais por ano, dois no primeiro semestre e um encontro no segundo semestre. Esses encontros têm duração de uma semana, com aulas condensadas das disciplinas, sendo oferecidas no máximo três disciplinas por encontro. Ao longo do semestre, são compartilhados materiais de estudo e de avaliação em ambiente virtual (PVANet), e são ministradas aulas por videoconferência.

  • Será oferecido também o doutorado profissional?

Como está tendo muita demanda pelo doutorado profissional, a possibilidade de oferta está sendo analisada pela Coordenação do curso.

Além disso, foi demonstrado a excelência da UFV nas Ciências Agrárias e a qualificação do corpo docente, contando com professores da UFV e pesquisadores da Embrapa e Epamig. O doutorando em Entomologia Elizeu de Sá Farias foi responsável por prestar informações ao público durante o CBE 2018 e destaca como foi a interação com os participantes: “No primeiro dia saímos nos stands das empresas expositoras distribuindo flyers, apresentando o curso e tirando dúvidas. Foi interessante ver que muitos profissionais possuem apenas a graduação e têm interesse em aperfeiçoar os conhecimentos na área de fitossanidade. Nos demais dias, ficamos no stand onde os estudantes e profissionais participantes passavam e faziam perguntas. Foi de se destacar que algumas pessoas que passavam por lá tinham colegas egressos do curso, o que demonstra como o Mestrado Profissional tem atingido agências públicas e empresas privadas, e como os próprios estudantes têm atuado como divulgadores do curso”.

Faltam dois meses para o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal

Nos dias 22 e 23 de setembro, será realizado na UFV, em Viçosa (MG), o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, voltado para profissionais e estudantes das Ciências Agrárias e áreas afins. Organizado pelo Mestrado Profissional em Defesa Sanitária Vegetal, o evento contará com palestrantes nacionais e internacionais. Confira a programação:

  • SÁBADO (22/09) – MANHÃ (das 8h às 12h)

Credenciamento dos participantes

Abertura, Dr. Angelo Pallini, UFV

“Problemas com pragas quarentenárias no Brasil”, Dra. Elisangela Gomes Fidelis, EMBRAPA-RR

“Ações do Instituto Mineiro de Agropecuária contra pragas quarentenárias”, MSc. Rodrigo Eustáquio da Silva, IMA

“Erradicação de Cydia pomonella no Brasil”, MSc. Yuri Jivago Ramos, CIDASC

  • SÁBADO (22/09) – TARDE (das 14 às 18h)

“Noctuídeos de importância econômica: ecologia, manejo e desafios em clima tropical e temperado”, Dra. Silvana Vieira de Pula-Moraes, University of Florida, EUA

“Prejuízos causados pela introdução do Greening no Brasil”, Dr. Laércio Zambolim, UFV

“Problemas causados pela introdução de Amaranthus palmeri no Brasil”, Dr. Antônio Alberto da Silva, UFV

  • DOMINGO (23/09) – MANHÃ (das 8 às 12h)

“Risco potencial de perdas globais causadas pela seca da mangueira”, Dr. Tarcísio Visintin da Silva Galdino, Sumitomo Chemical

“Análise do risco potencial de perdas de Bemisia tabaci em cultivos de tomate mediante as mudanças climáticas globais”, Dr. Rodrigo Soares Ramos, UFV

“Modelo de distribuição espaço-temporal dos riscos de perdas causados por Neoleucinodes elegantalis”, Dr. Ricardo Siqueira da Silva, UFV

 

O valor do investimento é R$ 100. Além de conferir todas as palestras, cada participante inscrito poderá submeter até dois trabalhos. Os trabalhos podem ser enviados até o dia 12 de setembro. Leia as normas para submissão de resumos  e não perca mais tempo, inscreva-se.

Palestrante do Workshop: Tarcisio Visintin Galdino, pesquisador na área de inseticidas

O pesquisador da empresa japonesa Sumitomo Chemical do Brasil Tarcisio Visintin Galdino é um dos palestrantes confirmados para o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal da UFV.  Responsável pelo desenvolvimento de inseticidas na estação experimental da empresa na América Latina, localizada em Mogi Mirim (SP), Tarcísio responde por todas as etapas que envolvem a descoberta de novas moléculas para potencial uso na agricultura no controle de pragas, bem como ensaios oficiais de eficácia para submissão de pleitos de registro perante aos órgãos responsáveis. No I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, o pesquisador irá abordar sobre a modelagem de locais no mundo onde a seca da mangueira pode ocorrer e com isso gerar prejuízo à produção de manga. “Até 2016, a doença foi identificada somente em três países (Brasil, Omã e Paquistão). Como a produção de manga ocorre muito além desses países, a palestra irá abordar locais do mundo que produzem manga e que possuem condições favoráveis para a doença. A discussão será em torno de quão grande é o risco para regiões produtoras de manga e possíveis ferramentas para prevenir essas perdas”.

Causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata , a seca da mangueira  está entre os principais problemas enfrentados pelos produtores dessa cultura. De acordo com o pesquisador da Sumitomo, “a primeira vez que o fungo foi reportado causando doença em manga ocorreu no Brasil na década de 40. Posteriormente, a seca da mangueira foi observada no Paquistão e no sultanado de Omã, no final da década de 90. As perdas são estimadas em até 60% da produção e mesmo com os esforços desses países para conter o avanço da doença, o número de plantas infectadas não para de aumentar. Por essas razões, essa doença apresenta uma grande ameaça para as regiões produtores de manga no mundo. Os sintomas da doença se caracterizam pela murcha, amarelecimento e posterior seca das folhas apicais, que permanecem aderidas ao galho por um longo tempo mesmo depois de secas. Além disso, plantas doentes podem apresentar descoloração da casca em galhos e tronco, pequenos furos na casca e a exsudação de goma (gomose). O lenho infectado escurece, contrastando com o tecido sadio que é bem mais claro. A infecção da mangueira por C. fimbriata pode ocorrer através da copa e/ou das raízes das árvores. Mesmo na ausência do hospedeiro, o fungo pode sobreviver na área por longos períodos e se multiplicar no solo e nos galhos mortos”.

Tarcisio avalia ser de grande importância conhecer os riscos potenciais de pragas como essa: “Culturas de determinadas regiões do globo foram transferidas para outros locais de forma a otimizar a produção de alimentos. Esses novos locais são muitas vezes importantes para produção, pois possuem características favoráveis à cultura, mas ainda não são locais de ocorrência de pragas e doenças. O oposto também pode ocorrer, a cultura pode encontrar nesse novo local insetos e outros organismos que não ocorrem em sua região de origem. Nesse novo local, essa cultura pode ter pragas ou doenças que anteriormente não eram conhecidas. Os modelos visam então, identificar os locais onde pragas, doenças e plantas daninhas podem ocorrer. Com isso, medidas fitossanitárias podem ser tomadas de forma a prevenir a introdução de organismos indesejados nesses ambientes, evitando perdas”.

Relação com a agricultura

Ligado à agricultura desde a infância, filho de pequenos produtores rurais, Tarcisio conta que a vivência na roça com os seus pais o ensinou muito sobre a prática na agricultura e despertou o seu interesse pela Agronomia, iniciando o curso em 2005, na UFV. “Já no início da graduação, ingressei no estágio no Laboratório de Manejo Integrado de Pragas, sob a orientação do professor Marcelo Coutinho Picanço. Durante o estágio, comecei na iniciação científica e descobri como engenheiros agrônomos podem se tornar mestres e doutores. Até então não tinha nem ideia. Com isso, retracei meus planos para os próximos anos e decidi ir definitivamente para a área de pesquisa. Terminei a graduação e ingressei no mestrado em Entomologia da UFV, onde percebi a importância de aprender outra língua e ter experiência em outro país. Já no doutorado, fui contemplado em 2015, com uma bolsa de estudos da CAPES, que me permitiu fazer parte da minha pesquisa na Colorado State University, nos Estados Unidos. Após um ano retornei ao Brasil e terminei meu doutorado. Em seguida, dei início ao pós-doutoramento, que conclui para assumir o meu primeiro emprego. Iniciei a minha carreira profissional na Promip, como coordenador de pesquisas, onde trabalhei por mais de um ano. Saí da Promip para assumir minha posição atual na Sumitomo Chemical do Brasil, como pesquisador na área de inseticidas”.

Agora, Tarcisio retorna à UFV para compartilhar um pouco da sua experiência profissional, durante o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, que será realizado nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. Saiba mais sobre o evento.

Palestrante do Workshop: Elisangela Fidelis, referência em pragas quarentenárias

Referência em pragas recém-introduzidas no Brasil ou com alto risco de entrada, a pesquisadora da Embrapa Elisangela Gomes Fidelis é uma das palestrantes confirmadas para o I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal. Com o tema “Problemas com pragas quarentenárias no Brasil”, a pesquisadora apresentará as principais pragas já introduzidas no país e as que apresentam alto risco de entrada, bem como as ações para redução de riscos e impactos causados por essas pragas à agricultura brasileira e como os profissionais de defesa fitossanitária podem atuar nessa área.

Elisangela concluiu o curso de Agronomia, o mestrado, o doutorado e o pós-doutorado em Entomologia na UFV. No final do ano de 2010, ela ingressou na Embrapa, como pesquisadora em entomologia, no estado de Roraima. “Na região Norte, tenho tido a oportunidade de trabalhar com manejo de pragas em ambientes amazônicos e de fronteira, o que é um grande desafio, pois pouco se sabe sobre a entomofauna da região. Além disso, muitas espécies de pragas quarentenárias estão sendo introduzidas no Brasil por esta região”.

Pragas quarentenárias

De acordo com a pesquisadora, “pragas quarentenárias são organismos ausentes no país ou presentes, com distribuição restrita e sob controle oficial, que têm potencial de causar danos socioeconômicos e ambientais, e, portanto, ameaçam a agricultura nacional. Essas pragas podem ser insetos, ácaros, nematoides, fungos, bactérias, fitoplasmas, vírus e viroides, plantas infestantes e parasitas”.

Com impacto no comércio nacional e internacional, as pragas quarentenárias podem reduzir a produção agropecuária pelos danos que causam. Além disso, “podem levar à perda de mercados, devido às barreiras fitossanitárias (domésticas e/ou internacionais) impostas por países ou regiões onde a praga não está presente. Uma praga quarentenária pode ocasionar ainda o aumento do preço dos produtos comercializados, devido aos custos com programas de controle oficial ou medidas de contenção e tratamentos pós-colheita exigidos por países ou estados importadores”.

Como exemplo de praga quarentenária presente no Brasil que impõe barreiras ao comércio internacional, a pesquisadora cita a mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae), presente nos estados do Amapá e Roraima. “Os países importadores não aceitam frutas provenientes de regiões onde a mosca-da-carambola ocorre”.

Elisangela também cita outros casos de pragas quarentenárias introduzidas no Brasil e que causam prejuízos: “O caso mais recente de entrada de uma praga quarentenária de alto impacto econômico foi o de Helicoverpa amigera, que tem causado perdas expressivas ao algodão, soja e milho. Outro exemplo, é o HLB ou greening dos citros, que foi identificada em 2004 e causa sérios problemas na citricultura brasileira”.

Redução de riscos e impactos

Para a pesquisadora, dentre as medidas que podem evitar a entrada de pragas quarentenárias no Brasil, estão a fiscalização e o controle de trânsito de produtos agrícolas. Ela acrescenta: “Antevendo a eventual entrada de uma praga quarentenária, medidas para redução de seus impactos também devem ser tomadas, como: monitoramento e estabelecimento de plantações sentinelas para detecção precoce; desenvolvimento de planos de contingência e erradicação; melhoramento preventivo; introdução antecipada de inimigos naturais para o controle biológico; etc.”.

Atualmente, na Embrapa Roraima, Elisangela vem se dedicando ao estudo de duas pragas quarentenárias: o ácaro-vermelho-das-palmeiras e o ácaro-hindustânico-dos-citros. O primeiro, cientificamente conhecido como Raoiella indica, “foi detectado primeiramente no Brasil, em Roraima no ano de 2009 e hoje já está presente em vários estados brasileiros, causando danos ao coqueiro, banana e outras palmeiras. Os estudos com esse ácaro têm sido com o objetivo de selecionar inimigos naturais eficientes para seu controle, identificar seus hospedeiros e os danos causados aos mesmos e o desenvolvimento de modelos de potencial estabelecimento da praga”. Já o ácaro-hindustânico-dos-citros (Schizotetranychus hindustanicus) é uma praga quarentenária presente somente em Roraima. “Os estudos com esse ácaro são relacionados à sua biologia e desenvolvimento de modelos de previsão de ocorrência, estabelecimento e danos” – descreve.

Para conhecer um pouco mais sobre o trabalho da pesquisadora, participe do I Workshop de Defesa Sanitária Vegetal, que será realizado na UFV, nos dias 22 e 23 de setembro de 2018. A palestra “Problemas com pragas quarentenárias no Brasil”, com a Dra. Elisangela Gomes Fidelis, será no primeiro dia do evento. Confira a programação completa e inscreva-se.